Busca por crédito entre os brasileiros aumentou no primeiro semestre do ano

Os brasileiros seguem cada vez mais em busca de contratar crédito e somente nos primeiros meses do ano, o número de pedidos subiu 11%. O comparativo teve com base o mês de maio em relação à 2021. Os números foram divulgados após uma medição do Serasa Experian.

Segundo o levantamento do Serasa, a maior parte das pessoas que solicitou empréstimo tem uma renda mensal de R$ 5 a R$ 10 mil, com um avanço de 13% para esta faixa de renda, ficando acima da média nacional observada.

Pegando como base a série histórica, o maior percentual registrado foi em maio de 2021, um período que registrou um aumento de até 50,8%. Especialistas do Serasa Experian acreditam que esse movimento de alta histórica por perda de crédito ocorreu por conta do lockdown que havia ocorrido um ano antes.

Análise dos pedidos de crédito varia por região

Em relação às análises por cada região do país, a Região Norte figura na primeira posição em relação aos pedidos de crédito. Em termos gerais, os sete estados dessa parte do país foram responsáveis por 17,8% das solicitações de empréstimo ao longo do período de estudo.

O aumento do desemprego é provavelmente a principal explicação para o aumento no número de pedidos de empréstimos. Por exemplo, a região Norte é a que tem a menor renda do país, foi uma das mais afetadas pela inflação e pela perca do poder de compra.

E quando se tem uma menor renda, é preciso recorrer ao empréstimo e chances de contrair dívidas para tentar aliviar a situação pelo menos no curto prazo. Mesmo que essa solução não seja recorrente, pois boa parte dos brasileiros já estão endividados, ainda mais desde que o Governo Federal passou a aumentar a taxa (Selic) para próxima dos 15%.

O que os consumidores estão fazendo com a alta da taxa de juros?

Os consumidores, mesmo tendo que conviver com uma alta taxa de juros, continuam utilizando o crédito para honrar os compromissos financeiros que foram firmados. Isso pode ser muito perigoso, como foi alertado pelo Professor de Economia da Fundação Getúlio Vargas, Alberto Ajzental, alerta para esse cenário à população.

Alberto complementa que se as pessoas não estão conseguindo “fechar os orçamentos mensais”, pedir um crédito nestas condições é péssimo. Pois já no mês seguinte, o cidadão precisa ter em mente que deverá pagar a prestação do empréstimo que fez, acrescido dos juros.

Se a matemática já estava complicada antes, é bem mais complicado que feche depois, também alertado pelo Professor de Economia da Fundação Getúlio Vargas. Esse é o processo que na economia é definido pelo termo “Bola de Neve”, também utilizado em casos onde se passa do controle do cheque especial no cartão de crédito.

A utilização de empréstimo ainda assim pode ser proveitosa, principalmente quando é feita para a compra de veículos ou um imovel, sendo que quando isso ocorre em massa, representa que a economia de uma forma geral está indo bem, além de que as pessoas estão conseguindo poupar dinheiro com uma certa frequência.

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