Brasileiros valorizam mais a estabilidade financeira do que estrangeiros

O equilíbrio da vida pessoal com o profissional é cada mais valorizado pelos brasileiros do que em comparação com a média global. Além da importância em manter o emprego, também existe uma grande preocupação em como obter mais flexibilidade no trabalho.

A pesquisa avaliou 35 mil profissionais de 34 países e colocou o Brasil na primeira posição. Por aqui a preocupação em ter um emprego estável é de quase 92%, ficando bem a frente da média global que classificou com 72%. Os dados foram revelados pela Workmonitor da Randstad, que é uma empresa de monitoramento.

Flexibilidade no emprego tem tomado a vez

Os profissionais brasileiros que foram ouvidos, estão cada vez menos dispostos a trabalharem no sistema tradicional e isso vem ocorrendo desde a pandemia. A importância da flexibilidade do horário foi apontada por 92% dos entrevistados, além de 87% desejam ficar no mesmo ambiente de trabalho.

Em contrapartida, ficou à frente dos 83% e 71% apresentados na média global, respectivamente. Até 53% dos trabalhadores brasileiros disseram que deixariam o emprego se fossem impedidos de aproveitar a vida, ficando à frente dos 48% do resto do mundo.

Embora o país tenha melhorado em relação a alguns pontos econômicos, como a queda do desemprego, é preciso reforçar que ainda vivemos um período de possível recessão global. Temos presenciado tanto no Brasil como em diversos países do mundo em que as demissões aumentaram, sobretudo nas big techs.

Aumento do número de demissões voluntárias

De acordo com o Workmonitor, até 31% dos brasileiros não estão encontrando flexibilidade e por isso contra os 27% da média global. Até 35% enfrentaram foram abalados por conta de trabalharem em ambientes tóxicos.

A pesquisa ainda mostrou que 33% dos brasileiros entrevistados preferem ficar sem um emprego do que estar infeliz no trabalho. Antigamente o mais natural era ver uma pessoa largar o seu emprego por receber uma melhor oferta de trabalho, algo que não acontece com tanta naturalidade mais.

Outros simplesmente desistiram de buscar melhores condições de trabalho na mesma empresa e resolveram pedir o desligamento.

Tecnologia é um dos setores que mais influencia a alta flexibilidade.

Ao longo dos últimos seis meses, quase 40% dos brasileiros entrevistados disseram que em seus trabalhos estão tendo mais flexibilidade, em comparação com os 27% global. A busca por equilíbrio e maior qualidade de vida está entre os maiores argumentos para quem busca esse tipo de trabalho atualmente.

Além de tecnologia, o setor de práticas sustentáveis e finanças também encabeça os primeiros colocados em oferecer maior flexibilidade para os seus profissionais. Isso tem impulsionado com que empresas de outros setores busquem oferecer flexibilização aos seus trabalhadores, apenas solicitando com que os mesmos apresentem os resultados para ajudar no crescimento eficiente da organização.

2022 foi um ano que serviu como um laboratório para a volta das atividades e tiveram de tomar uma série de decisões para conseguirem se adaptar. E embora muitas empresas tenham retornado ao modelo de trabalho presencial, a tendência nos próximos anos seguirá é que o trabalho flexível continue em alta.

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