Nos últimos dois anos, infelizmente o número de pessoas no Brasil que passou a viver em situação de extrema pobreza teve um aumento de praticamente 50%. Nesse mesmo período, três em cada dez brasileiros passaram a viver abaixo da linha pobreza e com cada vez mais dificuldades para pagar as suas contas básicas.
A pandemia de Covid-19 foi sem dúvidas o principal fator para o aumento da porcentagem da população em situação de pobreza no país. Os dados foram divulgados no dia 2 de dezembro de 2022, pelo IBGE, mostrando que o número de brasileiros que vivem abaixo da linha da pobreza registrou um aumento considerável de 22,7% em relação a 2020.
A situação de pessoas que vivem em extrema pobreza é ainda mais alarmante e teve um salto de até 48,2% neste período. De acordo com os dados da pesquisa do IBGE, desde 2012 nunca se havia registrado um avanço tão alto e preocupante em pessoas vivendo na extrema pobreza no Brasil.
Dados sobre a extrema pobreza serão desafio para o Governo Lula
Com os dados preocupantes e que mostram um crescimento no país de pessoas em situação de vulnerabilidade social, o Brasil conta no momento com 62,5 milhões de pessoas abaixo da linha da pobreza, com ao menos 17,9 milhões que são considerados extremamente pobres e que dependem do custeio de benefícios sociais.
Isso equivale a 29,4% da população brasileira em situação de pobreza e 8,4% em estado de extrema pobreza. Dessa maneira, a conta é de que cada 10 brasileiros, a média é de que ao menos 3 vivem abaixo da linha da pobreza e ao menos 1 em cada 10 estão na linha da extrema pobreza.
A pesquisa também mostrou que ao longo do último ano quase metade das crianças com menos de 14 anos de idade vivem abaixo da linha da pobreza, a maior quantidade desde o início da série histórica em 2021.
Critérios relevantes que são tomados para avaliação
Pelos critérios que são utilizados pelo Banco Mundial, são consideradas famílias em situação de extrema pobreza aqueles que recebem apenas até US$ 1.90 por dia, valor que em 2021 correspondia a uma renda per capita mensal de apenas R$ 168.
Já para enquadrar aquelas famílias que se encontram em situação de extrema pobreza, o cálculo é até US$ 5,50 para garantir a sobrevivência de todos que habitam no mesmo domicílio, uma quantia que na soma mensal representa uma renda per capita inferior a R$ 500.
Região Nordeste lidera o ranking de pessoas em situação de extrema pobreza
Segundo o mais recente levantamento feito pelo IBGE, as regiões Norte e Nordeste seguem sendo as primeiras colocadas no ranking da extrema pobreza no país. A situação é considerada ainda mais grave, em especial no Nordeste, que representa metade da população brasileira em situação de vulnerabilidade social.
Apesar de ter registros menores, também preocupam os atuais dados da pobreza no Sudeste, com 29,5% de pessoas na região mais rica do país que se encontram nessa situação. As regiões Sul e Centro-Oeste foram as que registraram menor resultado neste índice, com 6,9% e 5,5%, respectivamente.
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