Enquanto mais pobres sofrem, os mais ricos passam bem pela pandemia

Eles representam apenas 2% da população brasileira, porém os seus gastos equivalem a quase 20% de todo o território nacional. Com a chegada da pandemia, a maior parte do país acabou perdendo a sua renda, ficando desempregado e também sofrendo com o avanço da inflação, porém isso não aconteceu para os maiores ricos, que continuam se dando ao luxo de gastar em viagens internacionais e compras nas capitais mais luxuosas do mundo.

Por conta da mudança de hábitos, muitos dos ricos acabaram fazendo uma “mudança forçada” e gastaram mais em luxos no mercado nacional e também investiram volumes recordes de dinheiro no exterior. De outro lado, uma parte da população fazia fila do lado de fora dos supermercados para coletar ossos, por conta da alavancada recorde do preço da carne e também do avanço da fome, ao contrário dos ricos que faziam fila para comprar helicóptero.

2% da população, mas 20% do consumo

De acordo com uma pesquisa realizada pela empresa de mercado Euromonitor, a “classe A” brasileira representa 2% da população em 2021. Essas pessoas têm uma renda familiar anual de US$ 45 mil (R$ 248 mil por ano ou R$ 21 mil mensais, de acordo com o câmbio atual). Esses gastos equivalem a 19,4% do consumo nacional.

E mesmo que a classe A tenha diminuído nesses últimos dois anos por conta da pandemia, pois em 2019 ela representava 2,7% do total da população brasileira, o consumo dessa parcela da população que pertence à alta renda foi muito menos afetado pela crise sanitária do que o restante da população.

Os consumidores ricos seguem acumulando grandes reservas, muito por conta das opções de lazer que foram reduzidas e também das limitações que foram impostas pela pandemia, como viagens ao exterior. E é exatamente isso que a maioria dos brasileiros de alta renda está acostumado, pois eles costumam aproveitar pelo menos uma vez ao ano para realizar viagens ao exterior, em grandes centros como Paris, Londres e New York.

Porsche bateu recorde de vendas nos últimos dois anos no Brasil

Uma das marcas que despontou entre os mais ricos foi a Porsche. De um lado, a venda de automóveis de passageiros em geral no país despencou até 28% em 2020, além de cair mais de 3,6% ao longo de 2021, por conta da parada de produção, que aconteceu em virtude da falta de peças em decorrência do agravamento da pandemia também nos países que são fabricantes, como os Estados Unidos.

Espera para a compra de helicóptero no Brasil aumentou durante a pandemia

Em meio a um grande salto da demanda, o mercado brasileiro de helicópteros e jatos acabou tendo um grande salto ao longo do último ano. Alguns dos magnatas até entraram em longas filas, que podem demorar até 20 meses para realizar a compra de apenas um helicóptero.

O mercado tinha ficado um pouco parado por conta dos problemas econômicos do Brasil, que já vinham se alastrando antes mesmo doinício da pandemia. Muitas empresas de grande porte, empresários e também táxis aéreos que acabaram sendo impulsionados mesmo em um período de grande crise no país.

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