Rússia anuncia que fará uma nova retirada da tropa de militares das fronteiras ucranianas

O Governo da Rússia anunciou na manhã da última sexta-feira (18) que começou a retirar alguns tanques que estavam localizados na fronteira com a Ucrânia e também estará retirando aviões bombardeiros que estavam localizados na península da Crimeia (território que pertencia à Ucrânia até 2014 e que, desde então, foi anexado à Rússia).

O Ministério de Defesa russo declarou que mais um trem militar carregando soldados e materiais do exército está retornando às suas bases permanentes, localizadas em Nizhny Novgorod, a mais de 1.000km da Ucrânia. Estas forças estão retornando para suas bases após concluir um exercício de treinamento planejado.

De acordo com um porta-voz da frota russa, 10 bombardeiros Su-24 que estavam estacionados na Crimeia, deixaram a península e retornaram para suas bases na Rússia. O Governo americano declarou que a Rússia colocou mais de 100 mil soldados em sua fronteira com a Ucrânia, o que deixou todos em alerta sobre uma possível invasão no país.

Já o Governo russo, nega qualquer tipo de intenção como esta e, desde a última terça-feira anunciou a retirada de suas tropas, disponibilizando imagens dos trens carregados de materiais como forma de provar que estavam se retirando. Porém, isso não foi o suficiente para convencer os países do Ocidente de tal mudança.

Vladimir Putin irá supervisionar os exercícios nucleares

De acordo com a agência Interfax, o presidente russo Vladimir Putin, irá, no próximo sábado (19), supervisionar as atividades nucleares da Rússia que envolvem os militares da área. Segundo autoridades de Moscou, durante tais atividades serão realizados disparos de mísseis balísticos e de mísseis de cruzeiro.

Além disso, as atividades também envolverão os soldados do distrito militar do sul da Rússia, das Forças Aeroespaciais, das Forças Estratégicas e das frotas do Mar Negro e do Norte. Estes exercícios acontecerão com o intuito de testar o nível de preparação das forças envolvidas e a confiabilidade das armas nucleares e não nucleares.

As forças de estratégia russas foram estabelecidas como forma de responder a ameaças, principalmente, em casos de guerra nuclear. Estão equipadas com mísseis de alcance intercontinental, submarinos, navios de superfície, bombardeiros estratégicos de longo alcance e aviações navais com mísseis convencionais de longo alcance.

Governo ucraniano troca acusações com separatistas

Os rebeldes separatistas e o Governo da Ucrânia andaram trocando, nesta sexta-feira, algumas acusações sobre os ataques com bombas que ocorreram no leste do país. Desde 2014 a região encontra-se em conflito, porém os bombardeios acabaram violando um acordo de cessar-fogo.

Os separatistas estão ao lado da Rússia e existem alguns rumores, que o governo os financia. De acordo com as autoridades ucranianas, houveram 20 violações do cessar-fogo por parte dos separatistas. Por outro lado, os insurgentes pró-Moscou relataram 27 disparos que foram feitos pelo exército ucraniano nas últimas horas.

Na última quinta-feira, já haviam surgido acusações entre as duas partes. O Governo da Ucrânia declarou que os rebeldes atingiram uma creche, mas que, por sorte, não houveram mortos e feridos. O Governo da Rússia afirmou que a situação na região do Donbass, é muito alarmante e muito perigosa, pois há uma disputa separatista.

Rússia recebe críticas alemãs

Na manhã desta sexta-feira, a Ministra de Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, afirmou que a Rússia estaria pondo em risco os princípios da paz europeia, com um tom de “Guerra Fria”.
Segundo ela, com o envio de tropas militares para a fronteira ucraniana, a Rússia está constantemente desafiando os princípios fundamentais da ordem de paz europeia.

A partir da última sexta-feira, até o próximo domingo (20), diplomatas e autoridades do mundo inteiro irão se reunir para falar sobre questões de segurança e defesa.

Dentre os participantes desta reunião estão a Vice-Presidente e o Secretário de Estado americano, Kamala Harris e Antony Blinken, o Secretário Geral da ONU, Antonio Guterres, a Presidente da Comissão Comissão Europeia Ursula von der Leyen, o Secretário-Geral da Otal, Jens Stoltenberg e o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. O Governo da Rússia recebeu o convite para participar da reunião, mas o recusou.

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