Presidente Lula pediu ao ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França, que viabilize a demanda de 100 novos aeroportos em cidades pequenas até o final do governo
Pedido ousado
O presidente Lulafixou uma meta um tanto que ousada para o ministro dosPortos e Aeroportos,Márcio França. Lula quer realizar a construção de ao menos 100 novos aeroportos em pequenos municípios até o final do governo.
Segundo interlocutores do ministro, a administração das novas pistas poderá ser dividida entre aInfraeroe as empresas possivelmente interessadas nas concessões desses terminais. Integrantes do governo Lula admitem, porém, que concessionárias têm pouco interesse em aeroportos menores. Nesse contexto, preveem que a gestão das pistas deve acabar concentrada na Infraero.
Novo aeroportos como estratégia para conquistar mercado
De acordo com integrantes do governo, Lula quer fortalecer a estatal. O investimento em terminais pequenos seria uma das estratégias para conquistar o mercado de companhias aéreas. Membros do Ministério dos Portos e Aeroportos defendem que, sob controle da Infraero, os terminais menores teriam mais chances de atrair asempresas aéreasde baixo custo, as chamadas “low cost”.
Aliados de França admitem, porém, que a meta de Lula será difícil de ser atendida. A avaliação é de que o orçamento apertado do governo para investimentos deve ser uma trava para o avanço do plano. O ex-prefeito e ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB) assumiu nesta segunda-feira (2) o cargo de ministro de Portos e Aeroportos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Márcio França à frente dos Portos e Aeroportos: conheça mais sobre o ministro
O ministério foi recriado pelo presidente Luis Inácio Lula após ter sido incorporada ao Ministério de Desenvolvimento Regional (MDR) no governo anterior. Márcio Luiz França Gomes (PSB) foi escolhido como ministro de Portos e Aeroportos do novo governo Lula. O nome do ex-governador de São Paulo foi indicado pelo PSB.
Márcio França começou a carreira política em São Vicente. Ele foi prefeito da cidade da Baixada Santista, em São Paulo, por dois mandatos. Além disso, foi deputado federal, também por dois mandatos. Em 2014, foi eleito vice-governador de São Paulo, em chapa com Geraldo Alckmin (PSDB). Com a renúncia de Alckmin para disputar a Presidência, França virou governador. E concorreu à reeleição em 2018, mas perdeu no segundo turno para o tucano João Doria. França foi o primeiro governador do Estado de São Paulo a ser derrotado em uma tentativa de reeleição.
Durante a cerimônia de posse, o ministro Márcio França encara a oportunidade como um desafio. “A tarefa que me foi dada, e eu aceito com grande honra, é cuidar desses 35 portos públicos de grande importância estratégica, com 220 terminais portuários de uso privado, 43 estações de transbordo e mais 342 terminais registrados na ANTAQ”, afirmou o ministro.
França também defendeu que o Porto de Santos passe a ter o nome de Pelé, morto na quinta-feira (29). “Se depender de nós, será o Porto de Santos de Pelé”, disse o ministro.
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