Bolsonarista suspeito de tentar colocar bomba no Aeroporto de Brasília se entrega

Alan Diego é o bolsonarista que estava sendo cotado como suspeito de tentar implantar uma bomba no Aeroporto de Brasília antes da posse do atual PresidenteLuiz Inácio Lula da Silva. O que até então era apenas uma suspeita, agora se concretizou após Alan se entregar a justiça no Mato Grosso, onde ele estava foragido desde dezembro de 2022.

Além do atentado, o extremista também é suspeito de participar de um quebra-quebra que foi promovido por bolsonaristas no dia 12 de dezembro, também em Brasília.

A Polícia Civil informou que cumpriu mandados de buscas, que foram decretados pelo Supremo Tribunal Federal, com o intuito de apurar informações que pudessem levar ao encontro do procurado. Agora ele será encaminhado para uma unidade prisional, onde irá aguardar as próximas decisões da Justiça.

As buscas foram intensificadas ao longo da última semana, em uma área rural muito próxima de Vila Bela, local onde foram recebidas informações de que o foragido poderia estar no ambiente. Houve contato com moradores que confirmaram que o suspeito poderia de fato estar pela região e o processo começou, tentando fazer com que Alan se entregasse a polícia.

Denúncias

Alan foi considerado réu no caso, juntamente com Washington de Oliveira Sousa e Wellington Macedo de Souza, após uma denúncia que ocorreu ao longo da última semana. O trio está sendo acusado de participação na tentativa de explosão com um artefato que foi instalado em um caminhão-tanque nos arredores do Aeroporto Internacional de Brasília.

Na época, a Polícia Militar havia sido acionada quando o motorista do caminhão percebeu que um objeto estranho se encontrava no veículo. A decisão foi tomada pelo juiz Osvaldo Tovani, que integra a Oitava Vara Criminal de Brasília, atendendo a denúncia que havia sido feito pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, concluindo as investigações que haviam sido iniciadas pela Polícia Civil.

De acordo com o que consta na denúncia, o artefato foi montado e entregado para que fosse colocado em um caminhão de combustível. A Defesa já informou aos veículos de comunicação que não irá se manifestar até que seja feita uma análise pela Justiça.

Suspeitos terão de responder por vários atos na Justiça

O trio vai ter de responder na Justiça pelo crime de explosão, quando ocorre a exposição que causa o perigo à vida, a integridade física ou patrimônio de outros, mediante explosão, arremessos ou simples colocação de um engenho de dinamite. A pena pode chegar a até 6 anos de prisão.

O Ministério Público já estaria considerando em aumentar a pena, pois esse crime foi cometido tendo como um alvo um depósito de combustível e se houvessem tido êxito, poderia ter causado um dano muito maior do que o planejado.

As acusações de terrorismo foram enviadas para a Justiça Federal, a instância que terá a competência de analisar se estão sendo configurados crimes contra o Estado Democrático de Direito. Também se está investigando uma possível interferência do trio durante os atos contra os Três Poderes que ocorreu no dia 8 de janeiro.

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