Demissões Nas Big-Techs: O Que Precisamos Saber

Depois de uma onda de contratações durante a pandemia de covid-19, as gigantes de tecnologia, ou big-techs, vem anunciando milhares de demissões. Entre novembro de 2022 e janeiro desse ano, são mais de 51 mil demissões anunciadas por Amazon, Google, Spotify, Meta (dona de Facebook, WhatsApp e Instagram), Twitter e Microsoft.

E esses números parece que tendem a crescer. Segundo o site de tecnologia Layoffs.fyi., só em 2022, 194 mil trabalhadoras e trabalhadores perderam seus empregos na área, apenas nos Estados Unidos.

Chefe substituindo funcionários em personagens de trabalhadores de robô deixando o escritório com coisas em caixas
Créditos: Freepik

Mas, afinal, em que essas demissões podem nos afetar? No caso, a pergunta é sobre como ela pode afetar a sociedade como um todo, considerando pessoas que não trabalham no setor e dependem da tecnologia noutros âmbitos, seja como consumidoras e consumidores ou somente para as suas relações e necessidades cotidianas.

Mudanças no mundo do trabalho

Uma primeira pergunta que fica é sobre quem irá substituir essas pessoas demitidas nos seus postos de trabalho. Uma resposta a isso, em especial, gera preocupação. No caso, existe um cenário factível segundo o qual em muitos casos os postos de trabalho serão substituídos por sistemas automatizados, como inteligência artificial (IA).

A coluna Tilt, do UOL, ouviu a professora Ana Paula Gonçalves Serra sobre esse assunto. Ela é coordenadora dos cursos de Ciência da Computação e Sistemas de Informação do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT). Segundo ela, sistemas automatizados do tipo possuem foco em partes operacionais do trabalho. Assim, segundo ela, é difícil que de humanos, de maneira geral.

Para ela, “a tecnologia e plataformas como essas (de inteligência artificial e sistemas automatizados) servem para melhorar, otimizar e deixar o trabalho das pessoas mais criativos e menos operacional“, explicou.

Produtos disponíveis no mercado

Uma das expectativas é de que haja demora ou falta nos produtos e serviços online em contextos de crise. Além disso, um dos fatores que explica a crise é a inflação, o que também já vem impactando preços finais para consumidores e consumidoras. Quadros como desemprego, inflação e precarização, comuns nos dias atuais, geram quedas de vendas e, consequentemente, algum nível de impacto na oferta de produtos e nos seus preços.

A questão é que a situação econômica deve ser sentida, em várias medidas, em todos os setores. Cada qual sentirá de uma forma, e demissões como as das big-techs podem pressionar outros setores em diversas questões.

O que não deve acontecer é um impacto drástico para consumidores e consumidoras finais de produtos tecnológicos e digitais, no geral.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima