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Governo Autoriza Início De Plano De Racionamento De Energia Elétrica

Energia RacionamentoO governo federal anunciou na última segunda-feira (23) seu plano de racionamento de energia 2021 que entrará em vigor ainda esse ano. Até junho desse ano, o próprio governo descartava a necessidade de haver um. Assim, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, definiu as regras para o início do programa. Ele inicialmente vale para grandes consumidores, como indústrias.

Uma das razões apontadas para a crise energética atual é a crise hídrica. Essa crise vem ganhando a mídia desde a última década. Até o momento ela não foi superada e, aparentemente, ela tende a ficar ainda mais grave.

Há um programa de economia de energia da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) que entrou em vigor no governo Michel Temer (MDB, 2016-2018). Desde então, algumas empresas tem aderido a ele.

Batizado de RVD (Redução Voluntária de Demanda de Energia Elétrica), o plano do governo federal é a primeira medida relacionada à demanda de grandes empresas. Analistas de mercado apontam que, sem medidas de redução de consumo, o governo corre risco de enfrentar apagões. Recentemente, estados da região norte do Brasil tem enfrentado esse problema, que pode se estender aos demais estados.

Medidas para grandes empresas

As regras publicadas se referem a grandes consumidores, como dito. Dessa maneira, Braskem, Gerdau, Cimentos Apodi, Rima, dentre outras companhias cujo consumo de energia se dá em alta escala já aderiram ao programa. Ele determina uma redução voluntária por essas empresas na ordem de 4 a 7 horas por dia.

Assim sendo, empresas que aderirem terão de remanejar sua jornada de trabalho prevendo intervalos de redução. Eles devem ser de ao menos 80% do consumo médio. A partir do momento em que aderirem, as empresas devem divulgar a quantidade de energia que dispõe a economizar e o preço a receber por isso.

Crise hídrica e energética

Não foram divulgadas medidas no mesmo sentido para consumidores domésticos. Porém, é possível que haja em breve algum tipo de medida voltada ao consumidor comum. Isso porque o atual estado da crise energética é grave. Isso se dá por duas razões: a crise hídrica, já citada, e uma defasagem de infraestrutura energética existente no Brasil

Quanto a primeira razão, cabe ressaltar que Brasil passa pela maior crise hídrica dos últimos 91 anos. A isso, se junta o fato de que o país tem sua maior matriz energética nas usinas hidrelétricas. Na última semana, foi divulgado um estudo da MapBiomas avaliando imagens de satélites entre 1985 e 2020. Foi observado que o Brasil perdeu 15,7% da sua superfície de água doce nesse período.

Juntamente com a perda de água, o Brasil não investe em ampliar sua matriz energética noutras frentes, como as chamadas energias limpas, com menores emissões de carbono e que economizem mais recursos hídricos. Em via oposta, o governo federal investe em usinas termelétricas que, além de 10 vezes mais caras que as hidrelétricas, são extremamente poluentes.

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