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Mercado eleva projeções da Selic e Inflação

Pela primeira vez do ano, o mercado chegou a um ponto de tamanha apreensão e realizou previsões que Inflação e Selic vão fechar 2021 em 8%, superando o nível do IPCA que era de 7,0%, justificando a revisão da conta, por mais que seja negativa.

O boletim tenta se manter mais contido para 2022, pois não haverá mais pagamentos do Auxílio Emergencial e com o final da pandemia, a inflação fique entre 3 e 4%. Os números são do Boletim Focus do Banco Central, que foi divulgado no início desta segunda-feira (13), onde o documento analisa as expectativas de diversas instituições financeiras.

De acordo com o Conselho Monetário, inflação irá ficar abaixo da meta

Segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), o IPCA em 2021 não poderia passar de 5,25%. No ano passado, a inflação fechou em 4,52%, em um ano onde durante nove meses aconteceram gastos intensos para combater a pandemia e o isolamento social. Já era esperado que a inflação aumentasse em 2021, porém não ao patamar de 8%.

Com a projeção da inflação aumentando, o mercado também subiu a expectativa da taxa básica de juros, de 7,63% ao mês para 8% até o final do ano. A Selic é o índice que define o impacto da inflação, sendo que quanto mais sobe a inflação, maior a tendência de que os bancos decidam elevar a taxa de juros.

O BC informou que a taxa de inflação em até oito meses agora, está em 5,25% ao ano, com previsão de aumentar ainda mais 2,75%, fechando em 8% e ficando bem acima da meta que o Ministério da Economia tinha definido no início do ano.

Mercado também prevê um baixo crescimento da economia

Se de um lado as previsões do mercado para a inflação e Selic aumentam, as perspectivas do mercado financeiro para um avanço da economia voltaram a recuar, caindo de 5,15% para 5,04%, o que infelizmente não deve acompanhar a inflação do ano. Há um mês, a expectativa é que a economia crescesse 5,28%, ficando um pouco acima do IPCA.

Já para 2022, a previsão do Produto Interno Bruto – PIB, já está abaixo de 2%, agora avaliado em 1,72%. Há quatro semanas, essa previsão era de 2,04%, também afetada pelas incertezas políticas.

Investidores estrangeiros estão receosos com o Brasil

Diversos países da América Latina estão passando por um período de incertezas, como a Argentina e essa tensão também está se mostrando agora para o Brasil. Essa desconfiança acaba afastando os investimentos do exterior, que enxergavam o Brasil como um país emergente com algum nível de possibilidades de bons retornos, com empresas como WEG, Inter, Magazine Luiza e outros.

Aparentemente o mercado parece ter entendido os sinais recentes que foram dados após uma carta feita por Michel Temer e onde Bolsonaro discursou falando que em nenhum momento teve intenções de atacar o STF e interromper a democracia do país. O mercado reagiu levemente, porém as incertezas ainda não levaram à B3 a voltar aos níveis anteriores.

Bolsonaro já apareceu em alguns momentos falando sobre a crise de inflação, que foi negada por Guedes, afirmando que a situação fiscal no país está controlada e que a situação tende a melhorar nos próximos meses.

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