Projeção que mede a prévia da inflação em 2022

Em meio à tensão de uma terceira guerra mundial que pode acontecer na Ucrânia, o último que serve para apurar o indicador médio dainflação no Brasil, que é realizado pelo Boletim Focus, marcou um avanço pela oitava semana consecutiva e começamos a ver a meta de 5% cada vez mais distante para 2022. Na última projeção, o IPCA deve terminar o ano em 5,60%.

As médias para 2023 e 2024 ainda seguem mantidas, ainda que também fiquem acima do alvo que foi estabelecido pelo Banco Central para os próximos anos. Em relação à expectativa de 2022, a apenas um mês atrás ela estava em 5,44%.

Meta do Banco Central era terminar 2022 com uma inflação de 3,5% ao ano

Parece que a meta inicial que foi projetada pelo Banco Central não vai poder ser cumprida. Isso significa que aqueles 3,5% estão cada vez mais longe de serem cumpridos. Ao longo desta semana, o banco francês BNB Paribas revisou a sua projeção do IPCA do Brasil, que deve ficar entre 5,50% e 6%.

Ao que tudo indica, mais uma vez o Boletim Focus vai ter pelo segundo ano consecutivo um rompimento da sua meta, após um desvio de 4,81 pontos percentuais que aconteceu no último ano e fez com que o Brasil voltasse a registrar uma inflação anual de dois dígitos (10,06%).

Em relação à expectativa do IPCA para 2023, ela continua fixada em 3,51%, com margem para terminar entre 1,75% a 4,75%. Houve mais de 55 alterações nas previsões dos últimos cinco dias úteis, sendo que em contrapartida, já foram realizadas 54 alterações nas previsões para a inflação que deverá ser registrada em 2023.

Projeção mediana para a inflação de 2024 também segue inalterada

A projeção de 2024 foi mantida em 3,1%, enquanto que a projeção de 2025 ficou em 3%. Este cálculo segue inalterado, já que esta mesma projeção havia sido realizada a quatro semanas atrás. O que ainda não foi definido para 2025 é a margem de erro, que ficará a cargo do Conselho Monetário Nacional.

No comunicado que foi realizado em fevereiro pelo Comitê de Política Monetária Nacional, o BC também realizou as suas novas projeções para as próximas reuniões que irá realizar e onde vai definir qual será a nova taxa de juros básica da economia (Selic).

Guerra na Ucrânia pode levar o Banco Central a elevar a taxa Selic

Por conta das tensões políticas que estão marcando o confronto bélico na Ucrânia, o BC admite que pode ter de intervir muito em breve e aumentar novamente ataxa Selic, buscando conter a pressão que a inflação está marcando na vida dos brasileiros nos últimos anos.

A próxima reunião do Comitê de Política Monetária está marcada para se reunir entre os dias 15 e 16 de março e com o objetivo de calibrar novamente a taxa de inflação. Neste momento, a taxa Selic está fixada em 10,75% e com um provável aumento da inflação, pressão sob o pressão dos alimentos e a falta dos fertilizantes russos, pode ser que a taxa Selic suba para até 13% neste ano. Para 2023, a previsão é de que volte ao patamar de 8%.

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