Cenoura, café, diesel e gasolina: Saiba quais foram os itens que mais subiram no mês

A previsão da inflação do mês de março foi puxada principalmente pelo aumento dos preços dos alimentos, marcando o maior aumento dos últimos 6 anos. O IPCA acumulado dos últimos 12 meses já atingiu 10,79%, como resultado tivemos o preço da cenoura que disparou em absurdos 120% somente no último ano.

De fato, o aumento do preço dos alimentos na mesma toada que o aumento do combustível, figuram entre os itens que mais estão pesando no bolso dos brasileiros ao longo dos últimos meses. Nesse meio tempo, já completamos pelo menos 6 meses em que a inflação fica acima dos dígitos no acumulado dos últimos 12 meses.

Na sexta-feira (25 de março), o IBGE divulgou o resultado prévio do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), o que marcou o significativo aumento de 0,99% no mês de março. Ao passo que, nos últimos 12 meses a inflação acumulada chegou a 10,79%.

Cenoura está bem no topo do aumento do preço dos alimentos

Mais precisamente no caso da cenoura, a alta do alimento já vem chegando aos 120% nos últimos 12 meses. Logo em seguida, o destaque é para o aumento do preço que ocorreu no caso do café, acumulando um salto de até 60%. Ao passo que em relação aos combustíveis, o diesel acumula um aumento de 38,27% e a gasolina que registrou uma subida de 27,68%.

Somente na passagem de fevereiro até março, houve uma alta nos principais produtos que incluem a lista do IPCA, com grande destaque para o aumento dos alimentos e bebidas, além dos efeitos que isso causou para uma inflação tão alta como dos últimos meses, que inclusive não era registrada no país desde 2015.

Na sequência, os maiores impactos se deram nos grupos da saúde e cuidados pessoais (1,30%) e transportes de até (0,68%). Juntamente, os três grupos representam atualmente até 75% do impacto total dos índices que compõem a lista do IPCA.

Meta do BC para a inflação em 2022 não deverá ser alcançada novamente

Atualmente, a expectativa do mercado financeiro vêm ficando cada vez mais pessimista nas últimas semanas, sobretudo pelo aumento do preço dos alimentos e dos reajustes que a Petrobras vêm realizando, mesmo com uma estabilização do preço do petróleo no exterior. Sendo assim, o mercado já realizou uma expectativa de uma inflação que feche 2022 em 6,59% até 8%, levando em consideração que em abril a taxa Selic deverá passar para 13%.

O Banco Central também revisou as suas expectativas, que antes previa um 2022 com uma inflação que chegaria a até 4,7% e que agora já estaria em 7,1%. Desta forma, o BC admitiu que já pelo segundo ano consecutivo não vai conseguir atingir a meta de inflação, o que acaba desmotivando mais uma vez as suas próprias expectativas.

Além da pauta que envolve o preço dos alimentos e o reajuste do preço dos combustíveis, o Banco Central se reuniu no final de março e emitiu um comunicado através de seu Presidente, Roberto Campos Neto. Ocasionalmente, se a Selic continuar nesse ciclo de alta, chegando a até 13% em 2022, o mais provável é que o setor do financiamento seja um dos que venha mais a sofrer até o final do ano.

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