Ao ler notícias sobre economia, é bem provável que você já tenha ouvido falar sobre o IPCA. Esse é o índice que calcula a inflação no país, porém que muitas pessoas até entendam um pouco sobre o assunto, são poucos os que de fato entendem os itens que impactam diretamente no processo.
De fato, o IPCA é um dos itens mais tradicionais e antigos para medir o cenário da inflação no Brasil. Surgiu em 1979, tendo como indicador uma razão bem simples: medir a variação dos preços em um conjunto seleto de produtos e serviços que foram vendidos no varejo, além de entender o consumo das famílias brasileiras.
O significado da palavra que é abreviada é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo. Esse indicativo tem como objetivo alcançar até 90% das pessoas que estejam residindo em áreas urbanas.
O resultado indica, na média, se houve algum aumento, diminuiu ou se manteve estável ao longo do tempo em que foram realizados os estudos. O alvo da metodologia do IPCA são as famílias que recebem rendimentos de 1 a até 40 salários mínimos, não importando de onde eles obtenham a sua fonte de renda.
Entenda como se calcula a base do IPCA
Para que a meta da inflação seja alcançada, devem ser coletados ao longo dos estudos os dados desde o primeiro e último dia do mês, analisando tanto por lojas e também os estabelecimentos que possam realizar aprestação de serviços, além de concessionárias de serviços públicos, como por exemplo água e energia elétrica.
A cesta de produtos e serviços que integram as pesquisas podem ser dos mais variados setores da economia. Pode conter desde arroz e feijão, mas também entram na lista os preços de consulta médica, mensalidade escolar, além de aparelhos eletrônicos e o setor turístico.
Cada um pode ter um peso maior para o resultado final do índice que mede a inflação, mas historicamente os alimentos são os produtos que mais pesam na hora de divulgar o resultado do IPCA.
Como se alcança a composição da cesta?
Para que se complete a composição da cesta de produtos, é preciso fazer um acompanhamento com a variação dos preços todos os meses. O levantamento, que é feito pelo IBGE, tem como objetivo identificar quais são os hábitos das famílias, indicando onde o brasileiro está tratando de realizar os seus gastos médios.
A composição do IPCA passou por uma atualização simples em 2020 e que prossegue até hoje. Um total de 377 itens diferentes passaram a ter os seus preços analisados e coletados todos os meses, tendo em base que cada grupo tem a sua importância dentro do índice. O setor de alimentos, com até 19,3% é quem sobra na primeira posição.
A versão atual do IPCA contém alguns elementos, que antes de 2020 nem mesmo existiam, como o transporte por aplicativo ou apps como Netflix que pertencem ao setor de streaming. Alguns itens saíram da lista, como máquina fotográfica, revelação e cópia, telefone público e demais pela falta de relevância nos últimos anos.
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