De acordo com analistas, aeconomia brasileira terá mais um ano perdido em 2022. Pode ser que as atividades econômicas se mantenham estagnadas neste ano, porém, o desespero poderá ser maior: poderá ocorrer uma recessão.
No relatório elaborado pelo Banco Central (Focus), centenas de analistas fizeram suas projeções e em cada uma delas fica evidente o quanto os números esperados para este ano são preocupantes.
No início, os especialistas até esperavam um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,5%. Mas, pensando melhor diante de tal cenário, pode-se esperar uma alta bem modesta, beirando os 0,42%. Quer entender melhor o porquê do país ter chegado a este cenário? Continue a leitura conosco a seguir.
Entendendo melhor o cenário da economia brasileira
O declínio das contas do Governo depois da mudança nas regras do teto de gastos foi o estopim para que ocorresse uma piora na percepção de risco dos investidores em relação ao Brasil.
Isso contribuiu para que, em relação ao Dólar, o Real perdesse seu valor e isso contribui fortemente para o aumento da inflação, que se iniciou a partir dos choques em contas de energia elétrica, alimentos e preços de combustíveis.
A alta desses valores obrigou o Banco Central a aumentar a taxa básica de juros (Selic), o que esfiou a economia brasileira. Já no cenário externo, as economias principais deverão subir os juros em 2022 e isso também irá contribuir para a desvalorização do Real.
Além de tudo isso, ainda existe as dúvidas quanto a Eleição Presidencial e sobre qual será a política econômica adotada no país para os próximos anos. Com isso, as decisões de investimentos pelas empresas mantêm-se postergadas.
Segundo os economistas, o Brasil precisará passar por uma série de reformas estruturantes, como uma reforma tributária que será necessária para acelerar o crescimento e demonstrar um real compromisso com a situação fiscal brasileira.
Expectativas deploráveis para o ano de 2022
Es expectativas criadas para a economia brasileira neste ano não são muito agradáveis, principalmente, depois das alterações nas regras de teto de gastos como uma estratégia para abrir espaços para que pudesse ser feito o pagamento do Auxílio Brasil, adotado pelo governo Jair Bolsonaro para substituir o Programa Bolsa Família.
No início, a fórmula considerava o IPCA apurado entre o mês de julho de um ano e o mês de junho do ano seguinte. Depois que ocorreram as mudanças, a correção passou a considerar o IPCA que foi acumulado entre os meses de janeiro e dezembro do mesmo ano.
Além disso, as novas regras também adiam o pagamento de parte dos precatórios. De modo geral, o Ministério da Economia estima que terá um espaço de R$ 106 bilhões no próximo ano.
Juros em alta e inflação alcançando os dois dígitos
Além da constante desvalorização do Real, a inflação na economia brasileira foi afetada por mudanças que acabaram se espalhando por diversos setores. No último ano, fomos surpreendidos pela inflação diversas vezes. Bem provável que o IPCA tenha fechado o ano já em dois dígitos, e isso não ocorria desde o ano de 2015. Os analistas fizeram uma previsão de que os números tenham chegado em 10,02%.
Para este ano, os economistas apostam em um avanço de um pouco mais de 5%. Caso isso se confirme, será mais um ano conhecido pelo estouro no teto da meta do Governo.
A alta na inflação fez com que o Banco Central endurecesse sua política monetária. No ano passado, a taxa básica de juros iniciou a 2%, mas subiu até 9,25% de acordo com a alta de preços. Para este ano, a expectativa é de novos aumentos, a Selic deve encerrar o ano em 11,50%.
O Banco Central projeta retração de 0,5% do PIB este ano,IPCA de 6% e prevê que a taxa básica de juros deve chegar a 12,25% ao ano ainda em maio.
Conclusão
Entendeu melhor como funciona a economia brasileira e quais são as projeções para este ano?
Se você trabalha com negócios, planeje-se para não ser surpreendido negativamente.
Até breve!
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